sábado, 3 de março de 2012

***A DURA REALIDADE DO POVO RIO VERDENSE***

Fonte:Jornal Folha Central
Escrito Por Lanusse Nascimento
Adaptação: Deoclismar vieira
“Vou para o trabalho às 6 horas, depois de levar meu filho para a casa da minha mãe, chego ao trabalho às 7:30h. Não tenho descanso. Como sou diarista, tenho que fazer faxina completa, do banheiro a área da frente, jogando água, esfregando, rapando... É puxado! Depois vou embora para outra luta.”
A luta de que Ednéia Santos fala é da espera por ônibus no setor Solar do Agreste na Rua 2. “Chego aqui no ponto às 16:15h e é isso: sol quente, sem nenhum lugar para sentar, minhas pernas estão doendo o meu corpo todo está cansado. É complicado porque quando chove a gente molha. Eu comprei guarda-chuva mas tem muitas meninas que não tem”, explica a diarista.
A estrutura não existe. O que se vê é apenas uma marcação feita pela Superintendência Municipal de Trânsito – SMT. Um ponto de ônibus sem proteção, e a situação piora, já que logo a frente existe um lote baldio que além de ser um ambiente propício para proliferação do mosquito da dengue, pode servir de abrigo para gente mau intencionada, já que o mato está muito alto. “Ficar sozinha aqui, nem pensar, vai que a gente é roubada”, diz Adriana Pereira que enfrenta a mesma situação e diz ainda que “aqui é complicado, tem esse perigo do lote, na chuva molhamos e no sol a gente é obrigada a pegar uma cor (risos)” explica com surpreendente bom humor. As pessoas explicaram ainda que o tempo de espera é longo, e em razão das péssimas condições desistem e vão a pé para o outro ponto mais próximo.
Recentemente, no final de 2011, a SMT distribuiu 50 novas coberturas pela cidade, porém, existem 250 paradas de ônibus o que torna a nova aquisição insuficiente. O superintendente Jorge Coga Pedroso disse que faria a licitação para mais 100 coberturas, mas até o momento nada foi divulgado.
Os usuários do transporte coletivo questionaram sobre o critério de escolha para instalação dos abrigos explicando que apesar de afastado, o ponto da Rua 2 é frequentemente usado já que muitas mulheres trabalham em residências próximas.
A reportagem do Folha Central procurou a SMT para saber sobre a licitação e o critério de escolha dos abrigos, e a Secretaria de Ação Urbana para saber se há previsão para a roçagem do lote baldio.
Sem respostas, se comprometeu com as usuárias daquele ponto de ônibus em acompanhar junto delas a resposta das autoridades até que o problema seja solucionado.

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